"Pentathlon", mas poderia se chamar só "Bitathlon"
Quando você vê o poster desse filme, ou lê a sua sinopse, imagina que seja um filme com ação contínua envolvendo uma atleta olímpico campeão de pentatlo moderno, capisce? Pelo menos é o que você vê no começo e no final do filme. O "meio" do filme é o que, para mim, foi uma baita decepção. A parte que mostra a decadência do ex-campeão olímpico, agora sem pátria e sem o vigor de antes, e depois a sua recuperação, acaba quebrando o ritmo do filme e não seria nada mal se fosse bem encurtada, dando mais espaço para a vingança do seu ex-treinador da equipe alemã-oriental de atletismo, interpretado por um envelhecido David Soul (O Hutch da série "Starsky e Hutch")
O filme começa em 1972, na cidade alemã de Leipzig, com um grupo de crianças saindo de uma especie de quartel, todos com bandeirinha da Alemanha Oriental e tal (que nada mais é que uma bandeira da Alemanha com um tipo de um brasão no meio), prontos para disputar uma corrida. Eis que um dos pequenos alemães cai e toma um mega esporro do treinador e um tapão na cara.
Passagem de tempo e de repente estamos nas Olimpíadas de Seul em 1988 e o alemãozinho do começo do filme virou o Dolph Lundgren (que na real é sueco, mas sempre fez papel de russo, alemão oriental...) e conquista com maestria a medalha de ouro no pentatlo moderno.
Durante os jogos, o alumão faz amizade (a contragosto do resto da equipe, exceto do seu melhor amigo) com a equipe americana de atletismo e acaba conseguindo um agasalho deles (detalhe importante: Tanto os comunistas quanto os capitalistas vestem Adidas. Chupa Nike! Chupa Puma!)
Com o agasalho, ele une o útil ao agradável: Visita a americana que ele quer catar e depois foge no aeroporto se misturando aos ragazzi dos EUA.
O que eles foram fazer no banheiro? - Hmmmmmmm ... nunca me enganaram! |
Aí que vem a chatice do filme. Daqui (passados uns 20 a 30 minutos) até os últimos 35 minutos, o filme enfoca a decadência e posterior recuperação do alumão decadente. Ele vira empregado da lanchonete de um negão (a América é multiétnica, terra das oportunidades, blá, blá, blá, blá...) que descobre que o cara é campeão olímpico e o incentiva a voltar a treinar. Ele volta a competir e reencontra o casinho dele lá de Seul e volta com a mina. Se encurtassem essa parte e colocassem mais cenas de ação dele com o Hutch ficaria um filme bem melhor.
Queisso, cara! Como assim? |
Como era de se esperar, alumão usa suas habilidades de atleta de pentatlo para se livrar do cativeiro e impedir o plano do maluconne. Só que a polícia acha que ele causou a confusão e acaba o detendo ao invés do vilão, deixando o cara escapar e dando uma bela broxada no espectador.
Três semanas depois o doidão tenta dar um tiro no Dolph enquanto este vence uma prova, mas é impedido pela namorada americana do alumão. O nostro herói o agarra e desconta aquele bruta tapão que tomou há uns 20 anos (só que com a mão fechada desta vez). O vilão se desvencilha dele e usa a arma do segurança para tentar se vingar, mas o Dolph é mais rápido e usa a arma que o ragazzo deixou cair e acaba com essa brincadeira. (FIM DO SPOILER)
Enfim, é o começo do declínio da carreira do Dolph Lundgren, tanto que foi lançado direct-to-video em vários países, mas vale a pena ver se você não tiver saco para ver de novo "Carrugens de Fogo" ou "Munique" ou tiver cachaçado ou sem sono e não tiver mais nada passando na TV. Melhor que a final do futebol masculino olímpico eu garanto que é.
Cotação: 4,5/10 cabeças de cavalo
Fontes:
http://www.imdb.com/title/tt0110805/
imdb
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