quinta-feira, 8 de agosto de 2013

(1994)“Brainscan” – Mais mortífero que Assassins Creed



Nossa que aproveitador! Mal aconteceu a chacina com a família do menino e você já tá postando a respeito”. Amicci, non puedo resistire. Toda vez que alguém fala sobre a influência dos games na cabeça dos bambinni, me vem a mente esse filme tosco, que reprisava até dizer chega na TV Bandeirantes nos anni 90, tendo passado várias vezes no “Cine Trash” apresentado por Zé do Caixão. Da mesma forma que uno bambinno non se torna criminoso por jogar tantos jogos violentos, uno ragazzo non se torna diretor só por ver muitos filmes, ainda mais se forem filmes tão fuleiros quanto esse.
Videodrome + A Hora do Pesadelo = Brainscan


Além de ser uno dos filmes mais reprisados do canal 13, otro mérito de “Brainscan” (que no Brasil ganhou o subtítulo de “Jogo mortal”) é ser uno dos poccos filmes com Edward Furlong que a gente se lembra. Depois de sua estreia em O Exterminador do Futuro 2, o bambinno fez vários filmes nos anni 90. Fora o filme que vamos analisar, Edward estrelou “Pet Sematary 2”,“A outra história americana” em que era irmão de um Edward Norton nazista, Fábrica de animais de Steve “gênio” Buscemi, “O Corvo - Vingança Maldita” e “Detroit Rock City” (Um “Se beber, não case”, com o Kiss no lugar do Mike Tyson). Depois do ostracismo no qual mergulhou na década seguinte, Furlong ainda faria uma participação em O Besouro Verde.

John Connor já era!
Fora Edward, otro famoso que faz parte do elenco desta porquería é Frank Langella , que fez o papel de Drácula em uno filme de 1979 que o SBT reprisou até dizer chega nos anni 80. Langella também ficou célebre por encarnar o Esqueleto, arqui-inimigo do He-Man, na pérola trash “Mestres do Universo” (que uno dia será analisada qui). Percebam vocês que Frank se especializou em fazer papéis de monstro. Não à toa, ele fez o papel de Richard Nixon em “Frost/Nixon”.

I'm not a crook!
Tirando esses dois, o elenco é de ilustres desconhecidos. T. Ryder Smith, que interpreta o personagem principal do game nesse filme, só teve esse papel como relevante no cinema. O mesmo pode se dizer de Amy Hargreaves, que interpreta Kimberly, a ragazza que faz o interesse romântico de Furlong no filme, embora recentemente ela tenha feito “Conduta de risco” com George Clooney e “Shame” com Michael Fassbender.




Otro que merece destaque neste filme é o diretor, já falecido, John Flynn, que no gênero ação dirigiu obras primas como “A outra face da violência”(Rolling Thunder) com Tommy Lee Jones, “Fúria Mortal” (Out for justice) com Steven Seagal e o excelente “Condenação Brutal”(Lock Up) com Sylvester Stallone. Infelizmente ele non repete a genialidade neste filme de terror.

Tá olhando o quê, porra!
A trama é a seguinte: O Furlong é Michael, uno bambinno que vive uma vida desinteressante, cujas únicas diversões são comandar uno cineclube de terror em seu colégio e espionar sua vizinha. Por influência de uno amicco, ele resolve experimentar uno jogo para PC chamado “Brainscan”, que é anunciado como “uma experiência única e diferente de tudo que você já viu”. O tal jogo é estrelado por uno personagem chamado “Trickster” (T. Ryder Smith, tentando ser tão sarcástico quanto o Freddy Krueger de Robert Englund na série “A Hora do Pesadelo”) e tem uno efeito hipnótico sobre quem o joga. O jogador entra em uno estado de transe e é levado a cometer assassinatos orientados pelo Trickster. Para quem joga tudo foi ilusão, mas no dia seguinte, vem a revelação de que os crimes são reais.


Ao saber que cometera uno assassinato (e que guardara o pé da vítima na geladeira), Michael tenta se livrar do jogo, mas eis que Trickster se materializa para ele e o convence a jogar mais una vez, pois ele deixou una testemunha viva. A partir desse momento o jovem entra em uno círculo vicioso, pois todo crime que ele pratica tem una testemunha que ele é obrigado a eliminar, sendo obrigado a matar seu amicco e a bambinna que tanto ama.



Para piorar, toda vez que ocorre uno assassinato na vizinhança, o bambinno vai lá conferir e sempre é surpreendido na cena do crime pelo detetive interpretado por Langella. E o velho ditado “o assassino sempre volta ao local do crime” se faz cumprir aqui, atraindo a atenção do investigador para o jovem ragazzo que acaba ganhando mais uno problema para sua vida.




A princípio, a trama non é das piores. Filmes de terror com personagem que são dominados por seres estranhos já rendeu filmes bacanas como “Basket Case” e “Brain Damage”, fora o fato de que o filme é quase una versão adolescente de Videodrome de David Cronnemberg, com toques de Hellraiser. Ele lembra bastante também os “Contos da Crypta”, que também ficaram famosos na TV brasileira graças a Band (saudades de uma época em que os monstros do canal 13 non falavam “Falarr a verrdade prucê eu já joguei no Curíntia...”).

Se cagou todo, baitola?
O problema de “Brainscan” é que, assim como otros filmes da época que tinham a realidade virtual como tema, é uno filme datado demais. O que non impede que, a seu modo, seja uno filme visionário, pois nos anni 90 já mostrava una versão do Skype acionada por comando de voz.

O ragazzo ligava para o amicco dele pelo computador, capisce?

Além do mais, o final do filme é bastante anti-clímax. (SPOILER, se é que você non viu esse filme antes) O final apela para a vecchia fórmula do “foi tudo um sonho”, como o ragazzo acordando bem na hora que está rolando uma festa na casa de sua vizinha. Seu amicco está vivo e sua paixonite está no andar de cima conversando com otro ragazzo. Eu esperava que o Edward fosse lá em cima e brigasse com o cidadão, mas não. Ele pede para ficar com a bambinna, que recusa, mas non de una forma definitiva. Ele tem a confirmação de que assim como ele a espionava pela janela do quarto e tirava fotos dela, ela fazia a mesma cosa (isso lhe foi revelado no tal “sonho”) e tudo acaba bem, com o bambinno presenteando o seu professor com o jogo. Para mim, o filme deveria encerrar com o Furlong discutindo na festa, matando alguém e se arrependendo logo depois, o que faria o Trickster se materializar e dizer algo do tipo “Eu não disse que você é um assassino?”, mostrando que o personagem REALMENTE ficou influenciado pelo jogo. Esse sim seria uno final digno de “Contos da Crypta”. Em todo o caso, o filme tenta nos confundir ao mostrar durante os créditos, uno cachorro carregando uno pé entre os dentes, dando a entender que os assassinatos non foram totalmente falsos, mas non me convenceu.(FIM DO SPOILER).


Enfim, em uma época em que AINDA se discute a influência dos games sobre as crianças e os adolescentes, é de surpreender o fato de non se fazerem mais filmes como “Brainscan”, embora haja uno filme mais recente chamado “Stay Alive – Jogo Mortal” (Ecco, o mesmo subtítulo), que tem una proposta bastante parecida, com o requinte de o tal jogo se passar em otra época (Assim como “Assassins Creed”). É bom mesmo que non façam, primeiro porque eu acho que non se fazem mais filmes bons de terror hoje em dia. E segundo porque é capaz de a polizía acreditar que alguém cometeu um assassinato influenciado por estes filmes.

O filme está inteiro no You Tube (DUBLADO)


Corta pra mim, corta pra mim!

Cotação

6/10 cabeças de cavalo – Melhor que ver o Datena reclamar que foi “furado” pelo Marcelo Resende.

Fontes:



3 comentários:

  1. Não se fazem filmes bons de terror como antigamente? Você já viu O Nevoeiro (de Fank Darabont)?

    De qualquer forma, também prefiro seu final para o Brainscan!

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    1. Ainda non vi. E a frase foi só pra sacanear, tem coisa boa sendo feita sim, é só vasculhar.

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